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Juiz de Fora

Description

Abrangência Áreas de Escalada situadas nos Municípios pertencentes a chamada Microrregião de Juiz de Fora, conforme estabelecida pelo IBGE microrregião 65, como subdivisão dentro da mesorregião da Zona da Mata Mineira. Algumas áreas foram apenas citadas, como no caso da Pedreira Acesso Norte, Fazenda S. Mateus e Pedra da Pepsi em Juiz de Fora, por não apresentarem vias ou potencial relevante; e Ibitipoca, por ter uso turístico exclusivo aos hospedes. Também a Pedra de Paraibuna, que apesar da proximidade e imponência, situa-se já no Estado do Rio, Embora a cidade vizinha de Ubá, e Tombos não façam parte oficialmente da Microrregião de Juiz de Fora, foram incluídas devido à proximidade, características e interação com os escaladores locais. A excelente área de escalada esportiva do Buracão em Santa Bárbara do Tugúrio, que tem sido formada recentemente pelos escaladores locais, ainda depende de levantamento para incluir aqui, ou talvez mereça um guia próprio.

Juiz de Fora é uma das cidades brasileiras com melhores índices de qualidade de vida. Com cerca de 500 mil habitantes, o município conta com o trabalho da administração pública para superar as dificuldades financeiras com criatividade, determinação e vontade política.

A cidade tem um PIB per capita de R$ 6,2 mil e uma das mais altas expectativas de vida do Brasil. Estrategicamente, localizada entre os maiores mercados consumidores do País, é dotada de toda a infra-estrutura exigida para modernos empreendimentos.

Ocupando lugar de destaque em Minas em qualidade de vida e investimentos, Juiz de Fora também se destaca no ranking de desenvolvimento humano da Organização das Nações Unidas - ONU.

Para consolidar a posição no mapa dos grandes investimentos nacionais e internacionais, sem descuidar da melhoria das condições de vida de nossos cidadãos, o governo municipal desenvolve uma série de ações, maximizando as potencialidades e recursos.

Elevação: 678 m Área: 1.436 km²

Access issues

Qual a estrada para Juiz de Fora? Juiz de Fora está ligada pelas rodovias BR - 040 e BR - 267, além da MG - 353 que liga a cidade à Zona da Mata Mineira. A primeira rodovia liga Juiz de Fora às capitais Belo Horizonte (272 Km ao norte da cidade), Rio de Janeiro (180 Km ao sul da cidade) e Brasília (1.007 Km a noroeste da cidade).

Ethic

Ética no montanhismo resulta tão imperativo porque se pode definir como valores sem os quais não se é montanhista. Valores cada vez mais raros no mundo ilusório de “vantagens” dos homens. Humildade, prudência, bom censo, justiça, respeito, coragem, determinação, perseverança, sinceridade, liberdade, amizade, comunidade, amor... ... Valores cujo convívio de montanha sabe ensinar e desenvolver aos sensíveis. Sim, sentimentos mais espirituais - que junto à origem histórica - provam que não procuramos as rochas por meros exercícios e exibicionismos físicos. Mas nessa arte de dançar entre o céu e a terra, com toda sua ingenuidade, o proveito e a alegria que os outros, você e eu podemos desfrutar depende de nossas atitudes e comportamento. A ética funciona dinamicamente – como o sistema de segurança que minimiza o impacto – e evolui absorvendo e regulando novas tendências. São regras que refletem um consenso verbal em relação ao ambiente (a montanha), ao esporte (o mérito do esforço e habilidade na maestria de subir paredes) e aos métodos válidos para obter a vitória. Embora até poucos anos apenas transmitida de um escalador a outro e assimilada aos poucos pela convivência, essas regras sempre existiram. No entanto, devido ao grande crescimento quantitativo, algumas áreas de escalada, bem como escaladores antigos, tem sido “agredidos” pelas atitudes pouco éticas de muitos novatos, aparentemente sem o esclarecimento do que “se pode” ou “não se pode”, do que “é certo” e do que “é errado” no meio montanhístico. Assim o impacto provocado por galeras de recém chegados, até providos de equipamentos; porém sem a necessária iniciação técnica e filosófica, vem despertando iniciativas na intenção de manter a pureza do esporte, tal como a formulação escrita de códigos e estatutos por parte das atuais federações.

Ética Local A eternizada resposta de Edmund Hillary quando perguntado sobre o porquê de escalar montanhas (“Porque elas estão lá!”), pode sugerir toda a liberdade intrínseca às regiões selvagens e tanto mais às montanhas. No entanto, o atual mundo esquadrinhado em documentos e cercas nos traz a realidade de que “nossas” queridas montanhas não estão lá no meio do mato; nossas áreas de escalada se encontram sim é bem aqui: dentro da propriedade do Sr Fulano, ou sob administração de órgãos governamentais. No caso da maioria das propriedades abordadas neste guia, a autorização nos foi concedida apenas com fim de passagem para a rocha; não sendo permitidas outras práticas como nadar, pescar, acampar – a não ser quando citado sobre locais apropriados. Em geral, são famílias conservadoras, que permitiram a presença dos escaladores confiados gratuitamente nas promessas de respeito, segurança e preservação dos que de nós primeiro chegaram, assumindo essa responsabilidade em nome de uma classe, na qual cada um precisamos continuar sendo reconhecidos como mais amantes da montanha do que de si mesmos. Com esse cuidado, um saudável relacionamento tem se mantido há mais de 30 anos, resultando numa agradável amizade com todos os moradores desses lugares, para nós, únicos e especiais. O conceito de Ética Local visa preservar o acervo de escaladas, com suas características às vezes únicas, determinadas pelo estilo de seus primeiros freqüentadores, e principalmente, conforme as peculiaridades naturais de cada área, como acesso, extensão, tipo e forma das rochas. Sendo importante a comunicação antecipada aos conquistadores que o precederam, para efeito de alterações e intenção de novas conquistas. Bom é buscar atitudes que incentivem a saudável harmonia entre as diferentes mentes praticantes, valorizando a riqueza que produz a prática de viver as montanhas.

History

History timeline chart

Os primeiros eventos ligados a escalada nessa região – que se tem notícia - ocorreram na Pedra do Yungue em Juiz de Fora, nos meados dos anos 80, através do Estágio de Escalador Militar desenvolvido pela Seção de Montanha do 10º BI, com a grampeação no topo dos blocos e início da rota que ficou conhecida como “Verdíssima” (uma escalaminhada com III° e A0), que se tornou a "normal" do Yungue, após terminada em 93. A partir de 1991, o escalador petropolitano Fábio Fernandes, vindo a residir em Juiz de Fora, começou a estabelecer as primeiras vias de escalada, principalmente na Pedra do Yungue e Morro do Imperador; conquistando em auto-segurança e posteriormente com apoio dos primeiros praticantes locais, iniciados através do Curso Básico de Escalada em Rocha, inaugurado em 93. As primeiras conquistas (da base ao topo) parecem ter sido as subidas em solo das paredes do Morro do Imperador (ou do Cristo), a da esquerda em setembro de 90 (Primeiros tempos) e a da direita no início de 91 (Domínio vital), esta grampeada em março de 93. É também de 93 as primeiras vias esportivas: “Sóbrio delírio”, “Hidra” e “Atheris”. Em junho de 95, a hoje clássica “Entregação social” foi a primeira via técnica de acesso ao cume da Pedra do Yungue; uma montanha pequena, que pela variedade (blocos, falésias e paredes) se confirmou como o principal Campo Escola da Zona da Mata Mineira. Por sinal, a variedade provou ser a maior característica dessa região, que apesar de não ser morada de serras de porte expressivo, já é reconhecidamente privilegiada pela diversidade de estilos também entre suas outras Áreas de Escalada, formadas ao longo dos últimos vinte anos: Como a Pedra Bonita em Goianá (paredão vertical em agarras), iniciada em 94; Córrego de Areia em Mar de Espanha (fendas), descoberta em 98; Pedra Preciosa/Retiro, a partir de 2001; Falésia de Orvalho (negativa atlética) e Pedra Redonda de Ubá, ambas 2002. Além ainda de algumas vias em Matias Barbosa (1998), Lima Duarte e até no quartzito de Ibitipoca, já em 2004.

Fonte: Livro "Juiz de Fora: Vivendo a História", da professora e pesquisadora da UFJF Mônica Ribeiro de Oliveira/ Outro Histórico é de Carlos Alberto Hargreaves Botti (1994), extraído da Companhia Mineira de Eletricidade. Companhia Energética de Minas Gerais, Centro de Pesquisas Sociais, UFJF, pp. 19-20/ Anuário 2004

Datas Históricas Desmembrado de Barbacena e elevado à categoria de município em 31/05/1850. Instalado em 07/04/1853. Data da comemoração: 31/05. Padroeiro: Santo Antônio (13/06).

Origem histórica de Juiz de Fora O período de maior crescimento de cidades, em toda a História do Brasil, corresponde à mineração aurífera em Minas Gerais, no início do século XVIII. Antes, era difícil a criação de uma rede urbana, pois havia restrito comércio colonial, uma pequena vida cultural e grandes dificuldades de comunicação e transporte entre as pessoas.

Por volta do ano de 1703, foi construída uma estrada chamada Caminho Novo. Esta ligava a região das minas ao Rio de Janeiro, facilitando o transporte do ouro extraído. Assim, a Coroa Portuguesa tentava evitar que o ouro fosse contrabandeado e transportado por outros caminhos, sem o pagamento dos altos tributos, que incidiam sobre toda extração.

O Caminho Novo passava pela Zona da Mata Mineira e, desta forma, permitiu maior circulação de pessoas pela região, que, anteriormente, era formada de mata fechada, habitada por poucos índios das tribos Coroados e Puris.

Às suas margens surgiram diversos postos oficiais de registro e fiscalização de ouro, que era transportado em lombos de mulas, dando origem às cidades de Barbacena e Matias Barbosa. Outros pequenos povoados foram surgindo em função de hospedarias e armazéns, ao longo do caminho, como o Santo Antônio do Paraibuna, que daria origem, posteriormente, à cidade de Juiz de Fora.

Nesta época, o Império passa a distribuir terras na região, para pessoas de origem nobre, denominada sesmarias, facilitando o povoamento e a formação de fazendas que, mais tarde, se especializariam na produção de café. Em 1853, a Vila de Santo Antônio do Paraibuna é elevada à categoria de cidade e, em 1865, ganha o nome de cidade do Juiz de Fora.

Origem do nome Juiz de Fora Este nome tão característico - Juiz de Fora - gera muitas dúvidas quanto a sua origem. Na verdade, o Juiz de Fora era um magistrado, do tempo colonial, nomeado pela Coroa Portuguesa, para atuar onde não havia Juiz de Direito.

Alguns estudos indicam que um Juiz de Fora esteve de passagem na região e hospedou-se por algum tempo numa fazenda e que, mais tarde, próximo a ela, surgiria o povoado de Santo Antônio do Paraibuna.

Expansão Cafeeira A grande expansão cafeeira não foi privilégio do Vale do Rio Paraíba, na Província do Rio de Janeiro. Ela também se expande para regiões próximas, como a Zona da Mata em Minas Gerais, em torno de cidades como Leopoldina, Cataguases, Rio Preto e, principalmente, Santo Antônio do Paraibuna.

Nesta região, a produção cafeeira atingiu também um vasto território, composto de várias fazendas. Nelas trabalhavam um grande número de escravos, uma média de 100 por fazenda. A produção de café utilizava poucas técnicas e, quando os solos se desgastavam, novas matas eram derrubadas e a produção se expandia.

A cafeicultura que floresceu ao redor do Santo Antônio do Paraibuna transformou a Vila no principal núcleo urbano da região. Nela, a produção das fazendas se concentrava para ser transportada e comercializada na Corte, na cidade do Rio de Janeiro. Além de se constituir em local onde se encontravam os variados gêneros de subsistência, possuía, também, funções sociais e culturais, como ponto de encontro das famílias para lazer e diversão.

Estrada União e Indústria Neste período, ainda na década de 1850, iniciou-se a construção da Estrada União e Indústria, por iniciativa de Mariano Procópio Ferreira Lage. Esta estrada foi construída com objetivos de encurtar a viagem entre a Corte e a Província de Minas, destinando-se ao transporte do café. Neste momento, Juiz de Fora recebeu a primeira leva de imigrantes alemães.

A produção de café na Zona da Mata cresceu muito e Minas Gerais se tornou uma grande província cafeeira. Em 1875, a cidade de Juiz de Fora era a mais próspera entre outras localidades, possuindo a maior quantidade de escravos, sendo seguida por Leopoldina, Mar de Espanha e São Paulo do Muriaé.

Este período de prosperidade não demorou muito a declinar e, já na segunda década do século XX, a cultura do café estava desgastada na Província. Só que esta crise não afeta muito o dinamismo da cidade de Juiz de Fora, que contava já com outras atividades, como a indústria.

Escravidão Em Minas Gerais, a maior utilização dos escravos foi durante o período minerador. O trabalho exigia uma grande quantidade de mão-de-obra, pois, para um senhor receber uma pequena porção de terra para extração aurífera, deveria comprovar ter, no mínimo, 12 escravos. O martírio dos escravos durou até o final deste período, quando a extração concentrava-se nas galerias subterrâneas, controlados pelas companhias inglesas.

A escravidão na Zona da Mata mineira só se instalou definitivamente através da expansão cafeeira. Em 1855, na Vila de Santo Antônio do Paraibuna, havia um total de 4 mil escravos para 2.400 homens livres e, em 1872, havia 18.775 escravos para 11.604 livres.

Imprensa A imprensa de Juiz de Fora era muito ativa. O primeiro impresso, com o nome "O Imparcial", data de 1870. O mais importante do período, "O Pharol", foi publicado entre 1872 e 1939. Este acompanhou diversos momentos históricos e sempre contribuiu para a formação da opinião pública, retratando a atividade cultural da cidade. O dinamismo da imprensa juizforana era tão intenso que, no século XIX, contou com 55 jornais.

Imigração alemã O governo do Império, a partir de 1850, passou a incentivar a vinda de imigrantes para o Brasil. Seus principais objetivos eram o povoamento de regiões vazias, a valorização das terras que seriam ocupadas pelos imigrantes e a produção de alimentos que pudessem abastecer as lavouras de café.

Em Juiz de Fora, esta política teve reflexos através das iniciativas de Mariano Procópio Ferreira Lage. Este conseguiu empréstimos para a introdução de colonos alemães na cidade. Seu objetivo inicial era conseguir mão-de-obra especializada para a construção da estrada União e Indústria. Contratou, em 1853, vários técnicos, engenheiros, arquitetos e, após 3 anos, 20 artífices como ferreiros, pintores, latoeiros. O objetivo era criar um núcleo colonial de alemães na cidade, conseguindo apoio para contratar 2 mil colonos. Assim, em 1857, chegaram 1.162 imigrantes alemães, correspondendo a 20% da população total da cidade.

Foram instalados em uma vasta área, correspondendo hoje aos bairros de São Pedro, Borboleta e parte do Fábrica. Foram distribuídos em lotes de terras, carregados de produzir gêneros alimentícios. A colônia não conseguiu se manter por muito tempo. A ausência de mercado para os produtos plantados se associava à falta de incentivos. Muitas eram as dificuldades com relação à língua, costumes, religião e início das primeiras roças. Assim, muitos colonos foram abandonando suas terras e se fixando na cidade, somando-se àqueles trabalhadores braçais, operários, ligados à Companhia União e Indústria.

Os alemães foram aos poucos se integrando às atividades urbanas, se tornaram carroceiros, sapateiros, marceneiros, operários, pedreiros etc. Deram origem a várias fábricas de cerveja, num total de oito. Os alemães, junto a outras pessoas da cidade, criaram costumes, fundições e malharias contribuido, assim, para o crescimento industrial da cidade.

Breve histórico da cultura em Juiz de Fora Mais européia que colonial, Juiz de Fora, cidade do século XIX, em estreita vinculação com o dinamismo do Rio de Janeiro, não participou da cultura colonial mineira. Seu desenvolvimento industrial, pautado pela modernização capitalista, trouxe para a cidade, além de apitos das fábricas e da luz elétrica, o desejo de civilizar-se nos moldes dos centros europeus. Seus teatros, cinemas e intensa atividade literária refletiam a vontade de criar uma nova imagem para a cidade, fugindo à tradição escravista.

Os estudos até agora realizados sobre a vida cultural de Juiz de Fora revelam a existência de várias fases ao longo dos dois últimos séculos. Inicialmente, percebe-se uma cidade mais aberta. A distância dos centros barrocos, somada à prosperidade econômica, atraiu interesses mais variados. Aqui residiam católicos, protestantes, espíritas, maçons, liberais, republicanos, monarquistas... Embora houvesse conflitos entre eles, a cidade se mostrava receptiva ao debate de idéias.

Arquitetura eclética - O estilo eclético das construções permite a integração de várias manifestações arquitetônicas do passado, responsáveis por encontrarmos, na cidade, construções que lembrem castelos medievais, igrejas que imitam o gótico europeu ou a fachada de um templo grego. No final da primeira década do século XX, observa-se também construções em estilo Art Noveau, muito fácil de reconhecer graças ao uso de uma rica decoração nas fachadas das casas, onde predominam as linhas curvas, imitando fitas, flores..., demonstrando a habilidade dos trabalhadores daquele tempo e a riqueza dos moradores.

A Igreja - Na década de 20, aquele ambiente de acirrado debate de idéias se interrompe. Em 1925, a presença da Igreja Católica se tornou mais ostensiva com a criação da Diocese de Juiz de Fora. Para Pedro Nava, por exemplo, a cidade ficou mais severa, mais controladora da maneira de pensar das pessoas.

Nesta época, então, uma elite católica buscava a afirmação de sua identidade. Em Juiz de Fora , organizou-se um movimento de jovens católicos, ligado ao Centro D. Vital do Rio de Janeiro. Esse movimento, mais tarde, daria origem à Faculdade de Filosofia e Letras de Juiz de Fora. Criada nos anos 40, a Faculdade foi responsável por um fecundo debate entre os intelectuais da cidade. Embora presa a uma visão conservadora, não se importando muito com as questões sociais, nela, os filhos de classe média e elite encontraram um ambiente aberto às idéias artísticas.

Estilos Art Deco e Moderno - Nesse período, a "cara" da cidade se revestia de pó de pedra, ou seja, as construções, principalmente do centro comercial, eram influenciadas por um outro estilo arquitetônico: O Art Deco. Buscando uma maior racionalidade, esse estilo reduziu a decoração das fachadas a formas mais retas, mais geométricas. Nas fachadas, ao invés da pintura, se usou muito revestimento de pó de pedra, em tons cinza ou ferrugem.

Mas a grande mudança em nossa arquitetura se deu a partir do centenário da cidade. Começaram a surgir, na década de 50, algumas construções que seguiam concepções modernas, com o emprego de muito vidro, coluna, linha reta: a funcionalidade do prédio para as pessoas que iriam utilizá-lo, era mais importante que a decoração de fachadas. Exemplos deste processo são as obras do arquiteto Niemeyer (projetista do prédio na montagem ao lado, o "Clube Juiz de Fora") e os pintores Di Cavalcanti e Portinari (autor do painel ao fundo da montagem, "As Quatro Estações"). Esses nomes deixaram sua marca na cidade, incentivando os artistas locais a utilizarem uma linguagem moderna.

Dos anos 60 em diante... - No final dos anos 60, mais modificações: o crescimento populacional, urbanização descontrolada, economia baseada na prestação de serviços, o acirramento das questões sociais e o intenso debate político, característico da época. A criação da Universidade Federal de Juiz de Fora, no governo do Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira, trouxe à cidade uma contribuição fundamental: empregou e atraiu milhares de estudantes, incentivando um maior consumo de bens e de serviços.

O antigo conservadorismo católico, que desde meados da década de 20, dominava a cidade, se desfez. Maior circulação de idéias, possibilitando, inclusive, a resistência cultural por parte do movimento estudantil na década de 70. Nesse momento vários grupos de teatro surgiram, música e poemas multiplicaram-se nos mimeógrafos. O Cine-Clube e a Galeria de Arte Celina permitiram aos jovens o conhecimento de uma arte que falava mais diretamente da liberdade e do "caos" da vida urbana.

Com o aumento da população, a especulação imobiliária, que sempre esteve presente no crescimento da cidade, motivou uma arquitetura "descuidada". Em nome do baixo custo de produção, edificaram-se verdadeiros "caixotes". Os prédios de importância histórica, foram em grande parte destruídos em nome de um progresso questionável, uma vez que a maioria da população dele não participa.

Nos últimos anos, observamos uma preocupação maior com o patrimônio histórico da cidade. Vários prédios importantes foram tombados graças ao envolvimento afetivo da população em defesa do seu passado. Esse cuidado com a nossa memória não está restrito às obras arquitetônicas. Está também presente na preservação de outros vestígios do passado, como os documentos escritos, as fotografias, objetos...

Outro breve Histórico sobre a origem da cidade*

"...[Nos últimos anos do século XVIII, e nas primeiras décadas do século XIX, (...) o café, introduzido por Palheta no Vale do Paraíba Fluminense e logo estendido ao Vale do Paraíba Paulista e Mineiro, alastrou-se como mancha de óleo no mar, por todo o Vale do Rio Paraíba do Sul. Aqui começa oficialmente a História da Região das Matas do Leste. Seus povoados agrícolas iniciam a escalada para se tornarem vilas e sedes de Município.

Tal escalada deveu-se, também, à abertura do Caminho Novo por Garcia Dias Paes. O Caminho Novo, que ligava a Corte ao centro da Região das Minas [, ... foi] um braço significativo do avanço da 'mancha de óleo' no Vale do Rio Paraíba do Sul. [... Este caminho] passava ao longo de trechos das margens do rio Paraibuna, afluente do rio Paraíba do Sul.

A atual cidade de Juiz de Fora teve sua origem em povoados agrícolas às margens do rio Paraibuna, situados ao longo do traçado do Caminho Novo. Os antigos habitantes dessas povoados agrícolas têm o direito de afirmar que Juiz de Fora se originou no Caminho Novo ...

Entre os povoados que aí se desenvolveram, o primeiro de que se tem notícia é o povoado do Morro da Boiada, dedicado à proteção de Sto. Antônio de Pádua. Juiz de Fora chamou-se, originalmente, Sto. Antônio do Morro da Boiada do Paraibuna [,...] conhecida como Arraial de Sto. Antônio do Paraibuna.

Desde que se formaram os v·rios povoados agrícolas da Regi"o das Matas do Leste, o governo do Rio de Janeiro, cuja jurisdição estendia-se até o centro da Regi"o das Minas, fez doações de sesmarias a seus funcionários e agregados imediatos. Na região em que hoje se situa Juiz de Fora, o governo ... doou uma sesmaria a José Antônio, secretário do governo. Esse sesmeiro jamais veio localizar sua sesmaria e dela, portanto, não tomou posse efetiva. Mas, como juridicamente lhe pertencia, vendeu-a a Bustamante e Sá, aposentado da carreira jurídica no cargo de Juiz de Fora**.

Bustamante e Sá viveu com sua família na Fazenda Velha, demolida nos anos quarenta deste século. Em torno do casar"o da fazenda Velha formara-se um povoado com algumas vendas.

Os moradores dos povoados próximos ao Caminho Novo ... iam ali fazer compras ... Ao irem às compras, essas pessoas diziam ir ao Juiz de Fora. Impõe-se a tradição oral de toda essa região: os vários povoados passaram a ser chamados de Sto. Antônio do Paraibuna do Juiz de Fora.

Fernando Henrique Guilherme Halfeld, velho engenheiro, alemão de nascimento, recebeu do Império do Brasil, em 1836, o encargo de abrir uma variante do Caminho Novo, que então ...[reunia,] às suas margens, os vários povos da região, em um grande processo de sinecismo. Foi graças a esse sinecismo que a população de Sto. Antônio do Paraibuna de Juiz de Fora foi, em 1850, levada á Vila, e logo após, à sede de Município."

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Wed 10 May
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